sábado, 28 de maio de 2011

Do outro lado


Em meio ao caos das ruas, procuro sempre chegar onde quero, sem esbarrar em nada.
Me concentro nos paralelepípedos, nas pedrinhas de asfalto, nas bolinhas de papel.
Mas é impossível, temos de nascença um magnetismo no olhar.
Por distração, já estou nos seus olhos; vejo sua alma, seus medos e desejos, do outro lado da rua a me esperar.

O trânsito não pára; o sinal não fecha.  

Um comentário:

Ғelipe Eller disse...

De novo, eu me encontro passando aperto pra comentar seu post (previsível, tsc) '-'

Excelente.

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